19/09/2018 16:53:34
De acordo com o cirurgião plástico Josinaldo Martins, somente um profissional credenciado pode ajudar a entender melhor as recomendações para cada paciente e garantir atendimento específico em caso de complicações. Além disso, ele ainda reitera a importância de só se submeter a procedimentos invasivos em ambiente hospitalar, o que garante atendimento imediato em situações específicas e não programadas.
Cabe aos cirurgiões plásticos esclarecer dúvidas quanto a procedimentos não indicados e opções seguras. Para melhorar a aparência dos glúteos, por exemplo, há duas alternativas: enxerto de gordura ou inclusão de próteses de silicone. A escolha depende das expectativas e da saúde de cada paciente e deve sempre ser feita com ajuda de um cirurgião plástico de confiança.
No caso do enxerto de gordura, o procedimento é realizado junto com uma lipoaspiração. É possível retirar gordura do abdômen, costas ou da parte interna das coxas, por exemplo, e, então, injeta-la nos glúteos. O aumento das nádegas costuma ser discreto e natural e, por esse motivo, também é indicado para corrigir irregularidades localizadas. Outro benefício é que, por se tratar de gordura do próprio corpo, não há rejeição.
Já o implante de silicone pode ser uma boa escolha para quem precisa de um maior aumento ou quer que o glúteo seja mais projetado. “Atualmente, na técnica mais aceita, o implante é colocado no meio do músculo. Aqui, é importante frisar que ele é diferente daquele usado nos seios e é essencial conhecer os cuidados depois da cirurgia”, destaca Martins complementando que os pacientes com esses implantes não podem mais tomar injeção na região. Em contrapartida, a técnica costuma dar um formato mais bonito e impactante.
ALERTA!
Segundo o cirurgião plástico, o uso do polimetil-metacrilato, também conhecido como PMMA ou metacril (um tipo de acrílico), caiu em desuso entre “profissionais sérios e comprometidos”, pois trata-se de uma substância que não é absorvida pelo corpo. Entre as possíveis consequências da aplicação estão embolia pulmonar ou cardíaca, o que pode levar o paciente à morte.
O material também tende a trazer complicações diversas em curto e longo prazo, incluindo infecções e até rejeição. “Nessas situações, não é incomum o surgimento de abcessos no local onde o preenchimento foi feito”, explica Martins. Para solucionar o problema é preciso drenar o acúmulo de pus, com a realização de várias cirurgias reparadoras, por vezes, causando sequelas irreparáveis.
Sobre Josinaldo Martins
É cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da American Society of Plastic Surgeons (ASPS) e do International Society for Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS).
