09/12/2019 16:53:27
|
Segundo o médico otorrinolaringologista Márcio Freitas, essa doença causa reação aos pequenos sons do dia a dia. “Barulhos repetitivos ou sons baixos padronizados despertam a sensibilidade auditiva, causando crises intensas de raiva, falta de concentração e até situações desesperadoras e atitudes extremas devido ao incômodo sonoro”, alerta. A misofonia é o verdadeiro “ódio ao som”, também conhecida como síndrome de sensibilidade ao som seletivo. Freitas afirma que o problema tem origem neurológica. “Os estímulos sonoros são confundidos no sistema nervoso central. Assim, a pessoa não consegue ignorar os ruídos irrelevantes e foca na situação desconfortável”, completa.
O diagnóstico correto pode levar anos, por essa razão, os acometidos pelo transtorno, geralmente, são rotulados como pessoas chatas e antissociais desde a infância, o que pode gerar dificuldades de relacionamento pessoal, profissional e familiar ao longo da vida. “Quem possui audição supersensível e irritabilidade deve buscar ajuda médica especializada. Desprezar a condição só aumenta o problema”, alerta.
O médico afirma que mesmo que não tenha cura, tratamentos com estimulação sonora, expondo o paciente a sons neutros e irritantes podem reduzir os impactos negativos, assim como meditação e terapias cognitivas auxiliam na concentração, para que ele consiga ignorar os barulhos perturbadores e conviver em harmonia com o ambiente, tendo mais bem-estar e qualidade de vida.
Sobre Márcio Freitas Márcio Freitas possui graduação na Faculdade de Ciências Médicas e residência de Otorrinolaringologia, ambas pela Santa Casa de São Paulo. É também membro da Academia Brasileira de Otorrino e Cirurgia Cervico-Facial e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. Além disso, conta com Mini-Fellow em Cirurgia Plástica da Face e Cosmetologia pela University Of Miami (Muller School of Medicine). Mais informações podem ser obtidas no site www.drmarciofreitas.com.br. O especialista também está no Facebook e Instagram. |