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Mudanças físicas, e em padrões mentais, são peças-chave do emagrecimento

Emagrecer ultrapassa a barreira da mudança física. Totalmente relacionado à mentalidade, se não houver um acordo entre corpo e mente, qualquer quilo eliminado retorna, quase que instantaneamente. Ainda mais nessa época, que se transforma em uma verdadeira corrida desenfreada para perder peso ou ainda, deixar essa promessa para o ano seguinte.


13/12/2019 15:45:11


Mudanças físicas, e em padrões mentais, são peças-chave do emagrecimento
 

De acordo com a médica nutróloga Cristiane Molon, a todo momento surgem novas descobertas da ciência sobre mecanismos envolvidos na causa da obesidade. Apesar dos inúmeros agravantes do metabolismo, como questão hormonal, estresse, erros alimentares e sedentarismo, a mente precisa estar em sintonia com a necessidade exigida para o corpo. “Algumas pessoas fazem tudo direitinho, cuidam da alimentação, praticam exercício físico, no entanto, se sabotam emocionalmente diante de circunstâncias da vida. Quando existe uma incongruência entre o que falamos e sentimos profundamente, a mente precisa ser trabalhada para que os resultados apareçam”, afirma.

A médica explica que a gordura possui muitas funções metabólicas no organismo e atua como um agente protetivo e de sobrevivência. Partindo desse pressuposto, ela comenta que se altera também o olhar para padrões mentais, aliados a mudanças de estilo de vida. “Acima de tudo, temos que ser realistas, uma mulher com estrutura óssea grande dificilmente será magrinha. O mesmo ocorre com mulheres muito magras, que querem hipertrofia muscular. O corpo tem limites, precisamos aceitar a realidade e respeitar. Na busca de qualidade de vida, extremismos estão fora do jogo”, alerta.

Segundo a especialista, pessoas que sofrem com o “efeito sanfona” não conseguem ter a consciência corporal a partir do diálogo interno e auto-observação, assim, terceirizam o emagrecimento, ignorando a própria responsabilidade. O processo de emagrecimento é mais desafiador se o paciente ainda não descobriu o que vai ganhar emagrecendo e nem tomou consciência do que precisa ser modificado para alcançar essa meta. “Observamos em pacientes bariátricos, que fizeram redução de estômago, o índice de retorno do peso é muito grande. Retiraram parte do estômago e do intestino, mas a mente, que comanda tudo, continua igualzinha ou com mais conflitos, pois as restrições e os cuidados depois da cirurgia aumentam”, ressalta.

Conforme a médica, a diferença é olhar a totalidade do indivíduo, se os hormônios estão em dia, sono de qualidade, corpo em movimento, bons hábitos na mesa, ansiedade controlada e consciência do próprio corpo. “Quando conquistamos mais equilíbrio e saúde, emagrecemos naturalmente, sem sofrimento e restrições. É possível sim. Se houver força de vontade, persistência e disposição para reconhecer os mecanismos que fizeram chegar onde está. É um caminho que precisa ser trilhado com paciência, pois a memória das células estão acostumadas com o atual modo de funcionamento e, mudanças precisam de tempo para serem incorporadas, não é o tempo do relógio, mas o tempo biológico do corpo”, recomenda.

Ela salienta ainda a importância do processo de emagrecimento contínuo para ter saúde, disposição e bom humor o ano todo. “Os cuidados com a alimentação também devem permanecer, e não apenas próximo do fim de ano. Se a pessoa tiver dificuldades em manter uma rotina equilibrada por um longo período, vai viver o efeito “sanfona”, engorda e emagrece, um ciclo cansativo. Por isso, é importante mudar a estratégia. Começar com uma análise dos gatilhos, diria que este é o segredo. A comida não pode ser uma punição, é um alimento. Mas, antes de comer, conversar com o corpo, reconhecer se é fome real são algumas mudanças benéficas”, finaliza.


 

Sobre a Dra. Cristiane Molon

Médica especializada em nutrologia com pós-graduação em Prática Ortomolecular e em Saúde da Família. www.cristianemolon.com.br.

Foto: Freepik


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