15/09/2021 14:45:09
O exemplo mais recente disso é o chamado “efeito Zoom”, uma alusão às chamadas de videoconferência que se popularizaram durante a pandemia do coronavírus. As inúmeras reuniões por vídeo, as lives e o maior tempo em frente às telas fizeram com que as pessoas olhassem mais para a própria imagem, algo que, para muitos, foi motivo de insatisfação.
Como consequência, houve um aumento exponencial na busca por rinoplastias entre os brasileiros. No ano passado, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil liderou o ranking de países que mais realizaram o procedimento no mundo.
Conforme o otorrinolaringologista Márcio Freitas, o uso exagerado das redes sociais e suas demais ferramentas pode gerar uma distorção de imagem. “A rinoplastia é um procedimento de pequeno porte, feito tanto com o objetivo de proporcionar mais equilíbrio e naturalidade à face, quanto para melhorar a função respiratória. Porém, não se pode recorrer a ela por impulso ou modismo”, destaca.
Freitas ressalta que a cirurgia exige uma série de cuidados, principalmente, em relação à escolha do profissional e da clínica. “Um cirurgião plástico responsável irá respeitar as características individuais de cada rosto, esclarecer todas as dúvidas do paciente, orientar e indicar quais as técnicas mais adequadas para o caso”, explica.
Segundo o otorrinolaringologista, a cirurgia é recomendada para corrigir alterações estéticas e também funcionais do nariz, como o desvio de septo. Com ela, é possível remodelar a parte óssea da estrutura nasal e também a parte cartilaginosa.
Ela ainda comenta que o nariz ocupa uma posição central no rosto e seu formato e tamanho podem comprometer a harmonia facial, gerando constrangimento e problemas de autoestima. “Mas, antes de decidir fazer ou não o procedimento, o paciente precisa entender a sua real motivação para a cirurgia e adequar as expectativas com a realidade, evitando frustrações”, ressalta.
Sobre Márcio Freitas
Márcio Freitas possui graduação na Faculdade de Ciências Médicas e residência de Otorrinolaringologia, ambas pela Santa Casa de São Paulo. É também membro da Academia Brasileira de Otorrino e Cirurgia Cervico-Facial e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.