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Alpinista que conquistou a montanha mais alta da Europa está de volta a SC

O alpinista Hélio Fenrich, que levou as bandeiras de Jaraguá do Sul e Santa Catarina ao topo do monte Elbrus, na Rússia, já está de volta ao Brasil. Após conquistar a montanha mais alta da Europa, no fim de semana passado, ele enfrentou dois dias de viagem e desembarcou em casa, no Norte Catarinense, na madrugada dessa sexta-feira, 8.


08/07/2016 14:22:17


Alpinista que conquistou a montanha mais alta da Europa está de volta a SC

A expedição solitária à montanha mais alta da Europa faz parte do ‘Projeto Sete Cumes’. No ano passado, o alpinista subiu o famoso Aconcágua, na Argentina, desafio que deu a largada à iniciativa. Até 2021, ele pretende alcançar o topo do Kilimanjaro, na África, do McKinley, na América do Norte, do Everest, na Ásia, do Carstensz, na Oceania, e, por fim, do Vinson, na Antártica.

Na Rússia, foram necessárias dez horas de subida para chegar ao topo do Elbrus, que tem 5.642 metros de altura e fica na cordilheira do Cáucaso.  Mesmo não estando completamente preparado, ele decidiu não dispensar a abertura ocorrida no sábado, 2, e, assim, buscar o cume. “O tempo estava muito ruim. Apesar de cansado e com pouca aclimação, preferi aproveitar a oportunidade”, destacou o alpinista.

A expedição começou no domingo, 26 de junho, quando Fenrich deixou Jaraguá do Sul. Na terça-feira, 28, ele chegou a Terskol, vilarejo mais próximo do Elbrus. A partir de então, dedicou-se à aclimatação, processo essencial para a adaptação do organismo ao clima e à temperatura da montanha.

Uma das principais dificuldades, conforme o alpinista, foi o fuso horário. “São seis horas a mais. Saí de 3,8 mil metros à meia-noite e cheguei no topo do Elbrus às 10h07”, lembra. Outro detalhe que deixou a subida ainda mais desgastante foram as condições do solo. “Cada montanha tem características diferentes, eu achava que o Elbrus seria mais fácil, mas foi bem difícil, a neve fofa dificultou muito”, explica.

Dificultando ainda mais, Fenrich conta que o fato de ter ficado 48 horas sem dormir também o deixou exausto. Para completar, o idioma local prejudicou qualquer comunicação. Na montanha, a maioria das pessoas que o alpinista encontrou falava somente russo.

Antes de decidir a subida, ele conversou, via telefone satelital, com a esposa, Salete, que confirmou uma janela de tempo bom para a manhã seguinte. “Às 23h notei que o vento havia parado de soprar e quando olhei para fora vi o céu limpo e todo estrelado. Não tive dúvidas que seria minha chance de chegar ao topo”, recorda. A estratégia de subir de madrugada levou em conta a possibilidade de descer a montanha com a luz do dia. Segundo Fenrich, uma das piores situações que pode acontecer a um alpinista é ter fazer o retorno cansado e no escuro.

Agora, após a conquista do monte mais alto da Europa, Fenrich começa a planejar a próxima aventura. Em 2017, ele pretende viajar para o Alasca, nos Estados Unidos. O ‘Sete Cumes’ tem como inspiração o projeto homônimo que vem movimentando pessoas de diferentes partes do mundo a conquistar as montanhas mais altas de cada continente. Até o momento, apenas sete brasileiros concluíram o desafio, porém, nenhum de forma solitária como ele se propôs a fazer. Em Santa Catarina, não há informações quanto à existência de outros alpinistas colocando em prática o objetivo.

  

Sobre Hélio Fenrich

O alpinista Hélio Fenrich é radicado em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, e sua primeira escalada aconteceu na montanha Huayana Potosi, com 6.088 metros de altura, na Bolívia, no ano de 2008. Em 2021, ele pretende concluir o ‘Projeto Sete Cumes’, que vem movimentando pessoas de diferentes partes do mundo a conquistar as montanhas mais altas de cada continente. Até o momento, apenas sete brasileiros concluíram o desafio, porém, nenhum de forma solitária como ele se propôs a fazer. Em Santa Catarina, não há informações quanto à existência de outros alpinistas colocando em prática o objetivo.


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